Viajar! Perder países!

Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!

Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.

Fernando Pessoa

domingo, 21 de dezembro de 2014

Já dizia o "Coração de mãe"...

... que quando um filho está doente esse mesmo coração [de mãe]fica muito pequenino... mesmo quando são das maleitas próprias da estação...

domingo, 9 de novembro de 2014

Ainda hoje me relembrei que...

... detesto banhos de imersão.
Hoje teve que ser à conta da Legionela.
Com muito pouca convicção.

sábado, 20 de setembro de 2014

O misterioso desaparecimento dos cotonetes

Uma caixa de cotonetes que se esfuma no ar...
Começo a achar que a explicação mais provável é o duendezinho que nos esconde as coisas quando as procuramos...

domingo, 7 de setembro de 2014

Regressos

Umas férias entremeadas e variadas que agora acabam.
Muito tempo sem escrever...
Porquê não sei, mas como já escrevi antes, escrever tem que ser um prazer e não um dever...

As férias são assim como um suplemento vitamínico para os miúdos, uma bomba de crescimento e desenvolvimento que os trazem mais altos, mais espertos, mais vivos (mais pesados, algun(s)...)

Respira fundo, arruma, arruma, arruma, organiza no cérebro as funções e rotinas à porta, arruma, arruma, arruma, por entre as tarefas domésticas espreitam as expectativas, receios, esperanças de um novo ano escolar mesmo, mesmo a chegar.

sábado, 7 de junho de 2014

...e outras bastante menos...

Segundo o mesmo programa há cerca de 2 ou 3 anos no Parlamento Inglês o Primeiro Ministro David Cameron teria sido interpelado por uma deputada criticando o seu Governo utilizando unicamente frases provenientes de músicas dos Smiths.
E segundo a mesma fonte este respondeu-lhe utilizando também apenas frases de músicas do mesmo grupo.
Parece que o David Cameron é grande fã dos Smiths.
Mas o antigo vocalista do grupo, quando esse gosto foi tornado público, veio por sua vez a público dizer que não era possível tal pessoa gostar da sua música...

Gostando-se ou não do personagem é um tipo de episódio que cá nunca aconteceria (com pena minha)! Mais depressa com música pimba... (vide célebre referência ao nº 69 pelo anterior - e quase saudoso(!), tendo em conta a personagem actual que ocupa o lugar que à data era seu) Mota Amaral...

Há coisas que fazem sentido...

No programa de rádio "Governo sombra" foi referido que o nosso actual Primeiro Ministro havia decidido candidatar-se a Presidente do PSD no seguimento de insistência de Miguel Relvas ao som do Voulez vous dos ABBA.
Há coisas que fazem tanto sentido...

domingo, 9 de março de 2014

Temos atleta!

7º lugar nos 400m da corrida das Lezírias entre várias dezenas de participantes. Parabéns futebolista! E parabéns a todos, prticipantes e organizadores, a dar o exemplo de que o atletismo devia ser mais fomentado!

sábado, 1 de março de 2014

Os convencionais do Carnaval

Cá em casa as máscaras duram, e duram...
Da minha parte, óptimo, que nunca fui de máscaras elaboradas e acho até muito mais graça ao improviso do que aos fatos comprados acabados e perfeitos.
Mas pelo menos da parte do futebolista e da flaminga ficam mesmo satisfeitos é de se mascararem do mesmo anos a fio. O futebolista deve ter-se mascarado de homem-aranha uns três anos, de Darth Vader um, e agora já vai no segundo ano de Harry Potter. De notar que a capa de Darth Vader é uma capa de Zorro que se metamorfoseou depois em capa de Harry Potter, que agora lhe deve dar acima dos joelhos.
Quanto à flaminga, já não estou bem certa, mas penso que só teve ainda uma máscara, de princesa, e este deve ser o terceiro ano com a mesma vestimenta. Como a saia era comprida, tive nos primeiros anos que a dobrar na cintura. Agora já não é preciso, ficando apenas levemente a arrastar pelo chão. É A sua máscara de Carnaval.
Convencional não parece jogar con Carnaval... Mas cá em casa joga!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Os portugueses e as suas casas

A primeira referência a este estudo vi-a no blogue www.ovelhaflorguerreira.pt e achei-o tão curioso que não resisti a comentá-lo também... passe a falta de originalidade.
Os aspectos mais interessantes são, a meu ver, a percepção dos porquês de alguns hábitos, sentir que alguns deles começam a estar, ou estão definitivamente, ultrapassados, e também alguma falta de lógica na opção por aluns hábitos "estrangeiros" apenas porque podem representar uma imagem de inovação(?), quando claramente algumas opções nacionais têm a ver com uma cultura adaptada ao clima, por exemplo. O exemplo aqui mais flagrante é a questão das cortinas. Sim, é agradável ter uma vista desafogada, por um lado. Não, a mim não me importa rigorosamente nada que olhem para dentro da minha casa (embora paradoxalmente seja o Han Solo que mais detesta cortinas e já ele não gosta da possibilidade de estar a ser observado). Mas efectivamente se no norte da Europa faz sentido aproveitar a luz ao máximo, pela sua escassez, já aqui tem que haver estratégias de nos protegermos do calor e da incidência do sol. E, definitivamente, janelas escancaradas não são a melhor opção - nem ambiental nem economicamente pensando - nem ter ares condicionados ligados a todo o gás.
Outros hábitos:
-panelas de pressão - tenho, mas sendo o Han Solo o cozinheiro designado, na minha actividade culinária uso quase exclusivamente as panelas vulgares. As ementas também raramente passam por dar vantagem às de pressão.
-bidés - sempre os achei inúteis - se me quero lavar tomo duche, mesmo se forem só algumas partes a banheira serve muito bem.
-marquises - sempre detestei, tanto o efeito estético exterior como a própria funcionalidade. São (quase) sempre termicamente um inferno (quente e frio e húmido). É bom ter um espaço para arejar e definitivamente gosto de secar a roupa na rua. Sobre isso, se os nórdicos lavam a roupa na casa de banho também está relacionado com o facto de (aposto) a secarem quase exclusivamente na máquina. Aqui estende-se a roupa (não entendo mesmo este hábito de deixar de haver estendais) e portanto é necessária uma janela próxima com condições para isso, que não se costumam encontrar nas casa de banho.
-televisão - temos só uma. Sim, está frequentemente ligada, 90% das vezes pelos miúdos. Sim, está ligada durante as refeições mas isso nunca nos impediu de estarmos sempre a conversar ao longo das mesmas. Eu preferia tê-la desligada, mas enfim... E tomamos todas as refeições na sala, porque na cozinha não há espaço e porque é na sala que o Han Solo gosta de comer. Quando estou sozinha eu própria às vezes como na cozinha. Mas sou a única a fazê-lo.
-arrumação - não sou obcecada e a arrumação da minha casa deixa um bocado a desejar, mas a organização do essencial é plenamente controlada (e planeada), como não poderia deixar de se numa família com 5 pessoas. Sim, são necessários armários e móveis para lá enfiar as coisas - onde havíamos de as pôr? E não sou das que guarda tudo. Se não tem utilidade vai fora ou é dado.
-fazer as camas - do mais prático que há; também não entalo nada, ou praticamente nada. Mas os lençóis são úteis porque são muito mais práticos de lavar que as capas de edredons, já para não falar dos próprios edredons - e onde há crianças há ranhos e outros líquidos a sujar tudo quanto contactam.
-Ah, e adoro escritórios, com livros até ao tecto. Com objectos como globos ou mapas, secretárias... Infelizmente tive que abdicar do meu, pois mais um quarto era necessário. Mas tenho saudades dele.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

E quando...

...estamos por motivos vários em fase em que não conseguimos parar, nem pára a cabeça nem o corpo, a pensar e fazer uma miríade de coisas ao mesmo tempo e apesar disso quase não evitamos andar quase aos pulinhos porque o corpo e mente estão com uma energia a transbordar que não sabemos bem de onde vem...? Também há quem parilhe destes ataques de pseudo-hiper-actividade ou estou só no mundo?

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

E o prémio para o local com maior densidade populacional vai...

... para a banheira cá de casa quando eles estão in the mood de tomarem banho todos juntos. E mai, se para isso contasse volume corporal, não pára de aumentar, que estes rapazes estão a ficar uns matulões que qualquer dia me carregam ao colo...

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Momentos XXX

Eu-Que desenho de dinossauro tão giro! Quem fez?
Futebolista: -Eu não fui!
Flaminga: (Sem jeito para mentir) -Eu não sei.
Eu: -Se calhar foi o ursinho...
Ursinho:-Mas eu não sei desenhar dinossauros...

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Novo mês, nova vida

Novo mês, nova vida, perspectivas diferentes que se vão abrir. Independentemente das incógnitas inevitáveis eu gosto disso, da novidade que se vai abrir e do certo nível de incerteza que representa. Vamos a isto.

Como habitualmente, o fim de semana começou acelerado, saltando da cama quase à mesma hora dos dias de semana, pôr o futebolista na natação às 9 da matina, aproveitar para rever um artigo (quase-quase atrasado) que me tinham pedido, voltar para casa, dar banho aos dois mais novos e vesti-los, umas arrumações pelo caminho, ida à biblioteca para trazer livros e cds, almoço, flaminga prestes a sair para uma festa...

E posto tudo isto, eu que até nem sou bicho de muito dormir, muito menos durante o dia, só tenho uma coisa a dizer: estou com uma soneira que nem posso...

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Sem querer ser sexista...

...há ideias pré-concebidas que parecem mesmo ser verdade... ou será coincidência?
O meu filho mais velho é bom aluno, inteligente, e muito interessado por inúmeros temas, mas tenho que passar a vida a lembrá-lo que tem trabalhos de casa para fazer, a moer-lhe o juízo para manter a mochila minimamente limpa e arrumada e a chateá-lo vezes sem conta que tem que ser menos distraído, lembrar-se de trazer e levar o que é devido e de transmitir recados... Mas depois acaba sempre por ceder quando queremos alguma coisa dele e é um doce para tomar conta do irmão mais novo e muito meigo para mim (mas de preferência sem ninguém a olhar).

A minha filha pelo que soube traz uma folha impecável da sua pré-primária, é toda certinha a transmitir recados, não descansa enquanto eu não tratar do que tenho a tratar e sabe sempre onde estão as coisinhas dela. Mas é muito difícil dar-lhe a volta quando tem as suas decisões tomadas (e tem-nas sempre tomadas).

Sendo o ursinho ainda pequeno já se adivinha com muito elevada probabilidade que venha a ter muitas características do irmão! Mulheres e homens têm mesmo cabeças diferentes ou qualquer evidência não passa de mera coincidência??

Momentos XXIX

Ursinho: - Desenhei um gigante pequenino!

Ciclos

O encerrar de um ciclo e o início de outro. Agora, é tempo de descansar.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

um dente especial

A flaminga teve uma característica única entre os irmãos à nascença (para além de ser a única menina, claro).
É que nasceu com um dente visivelmente a romper, o que aconteceu alguns poucos dias depois.
O facto de ser uma recém-nascida que chorava com frequência e não ser uma bebé particularmente bem-humorada, tendo ainda a particularidade de exibir o seu dentinho cada vez que abria a goela, valeram-lhe uma série de alcunhas, entre as quais "bruxinha".
Ora este "dentinho da sorte", parafraseando o Nemo e a sua barbatana, foi sempre diferente dos outros. Era mais pequeno e amarelado e o seu destino era incerto - podia cair e ser substituído por outro dente de leite ou podia só cair na altura devida e ser substituído por um definitivo.
Pois foi esta última alternativa que se verificou, há muito tempo que abanava, e há muito também que a flaminga (suspeito eu) desejava que caísse, não por não gostar dele, mas por esse acontecimento ser mais um a confirmar que ela está a ficar "crescida". Mais uma vez aqui muito contrastante com o irmão mais velho, cujo primeiro dente caiu mal ele fez 5 anos (ela já vai nos 5 e meio), e que caiu no próprio dia em que notei que ele abanava.
Finalmente há alguns dias o dentinho da sorte caiu mesmo e foi a primeira notícia que ela, orgulhosa, me veio relatar, no final do dia.
Hoje disse-me que sentia nesse sítio alguma coisa e lá está ele, o dente novo, definitivo, testemunho mais definitivo também do crescimento da flaminga.
A fada dos dentes falhou a sua visita no dia devido (esse tipo de seres atrasam-se muito cá em casa, e por vezes não aparecem mesmo, deve ser o tratamento que dão aos cépticos, cá se fazem cá se pagam...), mas suspeito bem que hoje vamos ter uma visita inesperada... ;)

domingo, 19 de janeiro de 2014

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Momentos XXVII

Reunião de pais de balanço do primeiro período da 3ª classe (ops, 3º ano) de escola do futebolista.
Principal mensagem: turma muito turbulenta tem absolutamente que melhorar apesar de ter bastante bom aproveitamento.
E assim lá vou para casa a equilibrar o baloiço das muito boas notas (perdoem-me a vaidade) e a necessidade da conversa séria de ter de perceber que tem que dar a sua melhor contribuição de bom comportamento para ajudar a sua própria evolução e dos colegas.
Entro em casa e quase me salta em cima para ver a folha. Digo-lhe que vamos falar de duas coisas. Por um lado, das suas boas notas, que me deixaram muito satisfeita. Por outro, dessa necessidade de individualmente e em conjunto melhorar o comportamento. Demoro-me na segunda parte e faço-o prometer que aí se vai esforçar muito e que terá de trazer melhores "notas" de comportamento no segundo período. No final, um abraço apertado - parabéns pelas tuas notas.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Momentos XXVI

Flaminga acorda, desconfortável, com meia dúzia de picadas com exuberantes "babas".
Futebolista:-Se calhar foi uma viúva-negra.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Adeus Eusébio

Foi o futebolista que me deu a notícia ontem de manhã.
No momento em que a ouvi fiquei imediatamente triste e senti mesmo um certo mau-estar.
Tal como tantos outros eu cresci a ouvir histórias sobre as façanhas do Eusébio, no fundo o tipo de relatos que passam de pais para filhos tal como na ancestralidade... As imagens que vi não deixam dúvidas quanto ao seu talento e elegância em jogo.
É preciso que se diga que eu gosto de futebol e tempos houve em que acompanhava relativamente perto o que se passava pelas competições apesar de ter ido muito poucas vezes a estádios.
A sensação que fica é a do desaparecimento de uma certa memória colectiva.
Não sou pessoa de heróis nem de ídolos, mas algumas personalidades incutem em mim profundo respeito. Esta era uma delas, na sua área, que foi o desporto, tema relativamente ao qual reconheço que sou bastante sensível.
Neste como noutros casos, aquilo que mais toca não é o desfile das personalidades públicas (completamente transversal), mas a reacção espontânea e massiva da população, das pessoas que apesar da chuva se deslocaram para os vários locais de homenagem e, também, da dor sincera mostrada por tantos. É certo que sempre existiram e sempre existirão carpideiras, mas a esmagadora maioria das imagens que vi não se finge. Tanta gente, tanta gente simples e humilde, tantos com a dureza da vida marcada no rosto e que por certo não têm gosto nenhum em mostrar lágrimas públicas (que alguns até escondiam quando não aguentavam mais).
É a lei da vida.
Bonito foi também ver adeptos de diferentes cores juntarem-se às homenagens, num clima de harmonia do qual não tenho memória. Desta vez, foi o sector do desporto tantas vezes acusado de boçal e violento (e por vezes com razão) que deu uma lição a outros sectores. Por pessoas anónimas, claro.

E já se tornou tradição...

...a bela da gripe por alturas do Natal-Ano Novo. Desta foi mais para os Reis.
Eu nunca fico de cama mesmo que caia para o lado (já aconteceu). Acho mesmo que a única vez que fiquei na cama foi no hospital quando nasceram os meus filhos e quando tive a meningite em criança e me sedaram (acho eu) nos primeiros dias.
De resto, toca a corneta e levanto-me, tomo pequeno-almoço, tomo o meu duche e visto-me (quase - ficam os chinelos) como se fosse para a rua, mesmo que já saiba que vou passar maioritariamente o dia no sofá...
Quanto às tarefas de mãe, para as mães não há tempo para as gripes, pois sobretudo o mais pequeno não dispensa ser "atendido" por mim. Por isso, com o dobro do desgaste, lá vou cumprindo a maioria das funções maternais.
Felizmente a febre também não me abate muito já que normalmente só dou por ela quando já vai altinha e começo a ficar com frio... Antes assim.
Tal como as outras, esta também há-de passar. Ide vírus, ide...