Viajar! Perder países!

Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!

Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Foi Natal, foi Natal...

...já foi. Por aqui época de muita correria de casa em casa, com muita gente em cada uma. É sempre uma animação, sobretudo para as crianças, e entre essas para as mais novas, para quem tudo tem ar de novidade e andam numa excitação louca nestes dias.
Este ano na véspera de Natal, com parte da família, não houve prendas (só da família mais directa, que combinou presentear-se no dia seguinte, com outra parte da família). Tenho confessar que fiquei orgulhosa dos filhotes, por não terem reivindicado prendas nessa noite.
Foi um Natal tranquilo, alegre, de convívio. No fundo, aquilo que o Natal deve ser. By the way, antes da chegada da religião católica, já os romanos celebravam as festas saturninas, em honra de Saturno, que celebravam o "fim das trevas", ou seja, o crescimento dos dias a partir do solstício de Inverno. Para além das oferendas aos deuses, diz-se que nestas festividades pagãs também se fazia troca de prendas... Não se mudou muito mais que o nome, afinal... E não é preciso afirmar-se católico quem festeja o Natal, nem é uma festa só de católicos, são sim festejos cuja génese se perdeu no tempo...

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